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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Carnaval em MG - Aloprando Além da Conta [2a Parte]

Link: 1º dia de Carnaval

A vida seguia, MaGá continuava a pegar a Gabi e o mesmo acontecia com Alvinho e Ninha. Porém sempre dando as voltas com a turma. MaGá com a idéia fixa na cabeça de não parecer namoradinho em pleno carnaval ficava com Gabi apenas na noite, e pareciam ter um código. Quando começavam a tomar o cordão de melzinho de pinga, rolava. Quando um oferecia ao outro, tava lá... Era cordãozinho na boca aqui, na boca ali e daqui a pouco boca com boca. Na manhã seguinte MaGá se sentia ridículo, Alvinho ia falar com a Ninha e ficava com ela tranquilamente, porém MaGá não conseguia o mesmo e tava sempre se fazendo de maluco.

Como MaGá era meio fraco com cerveja na época, resolveu com um maluco que conheceu na casa, fazer gummy. Pra isso ele pede ajuda a um dos “Bombas-boy”, pra o gummy ficar bom e ele poder beber o bastante para aloprar. Geral se empolgou, estavam só esperando o gummy gelar para a turma sair e beber. Tava todo mundo fazendo a maior festa próximo à cozinha. Alvinho pegando Ninha e MaGá se fazendo de maluco, longe da Gabi. Extremamente burro. Nessa Manolo foi se aproximar de Gabi. MaGá não tava nem aí, pelo menos era o que dizia, e Manolo foi tentar. De longe ele viu Manolo e Gabi dançando e pareceu ter visto eles se beijando ou Manolo lançando uma cantada no pé do ouvido. 

Achando que já tinha perdido pro dia, MaGá se empolgou com os “Bombas-boy” e saiu na frente com o gummy e com os caras. Tava realmente bom, parecia suquinho de morango. O que é o ruim na verdade. Andou com os caras uns trezentos metros até eles pararem pra mexer com umas meninas numa casa. Ali MaGá já tava vendo que não ia durar. Só lembra como em filmes, cair lentamente deixando a garrafa de gummy rolar. Só observava a garrafa, CHEIA! Rolar pela rua. MaGá era muito fraquinho.

Depois de umas três horas ele acordou, estava no colchão de ar do Manolo, com um balde ao lado e cheio de areia em volta. Coçou a cabeça e sentiu um galo, na hora pensou “Onde eu to? Areia... em Minas tem praia?!”. Depois ficou sabendo que apareceu do nada na casa, hiper bêbado. A galera colocou ele próximo do canteiro, sentado numas pedras que segurava areia de obra enquanto foram pegar água. E quando voltaram ele já estava deitado na areia, provavelmente deu uma porradinha com a cabeça na pedra. Acordou e não tinha mais ninguém na casa, só o Rafa deitado na sala dormindo. Até que quando ia descer viu Alvinho chegando.

- Caraça, tu não vai acreditar. Gabi pego o Manolo! Deu mole o babaca, quis aí sair com os caras pra beber gummy e se divertir. Levou PT e perdeu a mulher. – falou rindo Alvinho. – Diz aí agora, “tranqüilo, o que rola em Diamantina, fica em Diamantina” – completou com voz de deboche e rindo.

- Ah cara, não me enche. – falou com cara de cansado e com a mão na cabeça. – É isso mesmo, sorte a do Manolo. E tu, ta fazendo o que aqui?

- Combinei com a Ninha aqui... Aha! Vou meter no carnaval! E ai, diz agora quem é o mestre? – perguntou Alvinho.

- Você, Você... – respondeu sem muita empolgação e foi pra cozinha tentar encontrar um pessoal pra descer.

Na cozinha viu o “Bomba-boy” que ajudou a fazer o gummy.

- Fala aí, tu sumiu hoje de tarde. Toma aqui meu copo, vou no banheiro ali, pode tomar se quiser. – falou o Barman.

MaGá então foi experimentar. Parecia que era vodka com energético ou só energético. Tava boa pra cacete. Tão bom que tomou tudo, até que o doidão voltou.

- Então, borá descer? – perguntou normalmente até ver o copo vazio. – Mas que porra é essa! Tu tomou tudo? Você ta maluco?! – falo berrando o doidão.

- Por quê? Você não tinha deixado pra eu tomar? – falou MaGá, morrendo de medo.

- Cara, você sabe o que tinha aí? Hahaha... Meu Deus, tu vai ficar muito doido! Ele vai ficar muito doido. – comentou falando com MaGá e com outro “Bomba-boy” que apareceu na hora.

- Por quê? O que ele fez?
- Ele tomo meu copo cheio de energético misturado.

MaGá não entendia nada. “Misturado com o que? Doce, Ácido? Que merda, me fudi!”. Tava desesperado.

- Cara, agora desce, vai pra pista e vai fritar. Bebe muita água. – comentou o outro cara.

- Ta bom, ta bom. – concordou MaGá todo preocupado.

Normalmente o pessoal enchia a mochila com cerveja pra descer, mas naquela noite MaGá levou consigo uns 6 litros de água. Não sabia o que fazer, qual os sintomas?! Passou próximo da tenda de socorro e pensou varias vezes se deveria ir lá. Mas não fazia idéia do que dizer.

[lapso magamental ON]

- Oi, tomei vodka com energético misturado com alguma coisa. Vou morrer, o que devo fazer?

- Oi, to passando mal, meu coração ta disparado... SOCORRO!!!

- Tia, tomei ácido com doce e com energético... To morrendo, me ajuda!

- SOCORRO!!!!

[lapso magamental OFF]

MaGá preferiu ficar quieto. Vai que eles teriam que ligar pra o responsável. O que sua mãe iria dizer? Tava fudido, nunca mais sairia com os amigos. E o seu tio? Sem chances. Preferiu seguir as instruções do “Bomba-boy” e ir fritar. Mesmo não sabendo o que isso queria dizer. Andando achou uma boatezinha tocando um “Tuntz Tuntz Tuntz”. Foi lá pra dentro ficar pulando. Se tivesse tocando “Era só mais um Silva que a estrela não brilha...”, lá estaria MaGá, pulando e suando.

Lá tava MaGá, mesmo não gostando pulando. A galerinha da casa tudo igual Latrell, sem camisa e no Tuntz! Até que numa virada, igual filme, ele vê dois caras dançando bem juntinhos o Tuntz. Ignora. Mas quando menos espera, repara no canto dois caras se pegando. Ele paralisa. Era tão óbvio. É Boate gay. Quando repara MaGá já tava no meio de uma rodinha pulando também juntos com uns camaradas. Homofobia de lado, ele já tinha passado por algumas coisas, não custava nada evitar. Meteu o pé.


A noite virou, MaGá não sentiu nada e nem encontrou ninguém. Não sabe se o “Bomba-boy” sacaneou ele e deu apenas energético ou se o outro salvou a vida dele dando a dica da água. Ele provavelmente não pegaria mais ninguém já que Manolo tava com Gabi. A única cantada que sabia era a ridícula “Em cima do morro tem uma bola, rola ou não rola?!” e com certeza não tinha cara pra falar ela, e se falasse, quem cairia? Com certeza não beberia mais alucinadamente gummy ou vodka com energético dos “Bombas-boy”. Era dormir e ver o que dava quando acordar.


Link: 3º dia de Carnaval

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