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domingo, 27 de maio de 2012

Dr. Edir Paiva - Síndrome de Gay-Lussac

Depois de toda confusão que aconteceu com MaGá em relação a psicóloga, Zéh resolveu procurar ele pra saber se já tinha ido ao novo doutor que acabará de chegar.

- Ô MaGá,  tu por acaso já foi no novo psicólogo aí? Fiquei sabendo que ele pediu pra você ir procurar ele.

- Eu não. Nem preferi depois de toda aquela confusão, por quê?

- Não nada não, só curiosidade.

Na verdade Zéh estava preocupado. Ele nunca negou uma mulher, sempre foi conquistador e sempre de vangloriou por suas conquistas, mas ultimamente vinha deixando isso meio de lado. Isso estava deixando ele preocupado. Por esse motivo resolveu procurar o Dr. Edir.

- Algum distúrbio que queria compartilhar meu jovem? – indagou o Dr. Edir.

- Não sei dizer não doutor. – respondeu Zéh meio receoso.

- Por favor, Dr. Edir. Mas pra que você veio até aqui afinal?

- Gayzisse Dr. Edir, gayzisse! – desabafou Zéh, como se tirasse um peso das costas.

- Hum... Isso é sério, muito sério meu rapaz! Sinta-se a vontade para aprofundar mais o assunto. – disse o doutor gesticulando com a mão, continuidade ao assunto.

- Tem três querendo e eu fugindo doutor! Nem começa os trabalhos e eu já acho que vai dar problema no futuro, e daí já da vontade de meter o pé! – responde Zéh.

- Hum...

- Tenso... Homem fugir de “trabalho” certo nunca ouvir falar. To ficando preocupado! – disse Zéh expondo sua preocupação.

- Eu já ouvi falar. Não acredito que seja gayzisse, já estudei sobre o assunto. Você está com a Síndrome de Gay-Lussac.

- Gay-Lussac Doutor? Mas isso não é papo de química, física, coisa assim? Já ouvi falar disso, mas tava no colégio.

- Sim, sim, também. Estudei sobre o sujeito, e a partir desse estudo elaborei a Síndrome de Gay-Lussac.

- Mas Doutor, o que isso tem haver comigo, com minha situação? – perguntou Zéh preocupado.

- Você acha que a expressão “gay” vem da onde? – diz o Dr. Edir colocando os pés sobre a mesinha de centro. – Por que toda bixona é Alegre nos States? Qual foi meu jovem, viadagem é mais antigo que seu avô e o meu. Essa expressão GAY apareceu por causa dessa Lessie francesa. A França é o berço dessa parada. Todo aquele charme de Paris, aquele papo de Moda... Não tem hoje em dia um treco que as meninas pintam a unha aí... – parou coçando a nuca enquanto tentava lembrar. – Chamam de francessinha né!? Então, é por ai.

Zéh paralisou de boca aberta em frente ao Dr. Edir, ele realmente era tudo que diziam. O cara estava viajando.

- Gay-Lussac era uma bixinha que viveu na França no final do séc. 18 e inicio do séc. 19. Naquele frio daquela terra, em vez de procurar um rabo de saia pra se esquentar, queria ficar estudando gases... Uma bixona! A Europa é uma putaria meu jovem. Terra fria, o pessoal que é se esquentar de qualquer maneira. É vodka, Whisky, e metelancia debaixo do edredom! Ta me acompanhando?!

Nessa hora Dr. Edir já estava empolgadíssimo nas suas explicações, até os pés já tinha tirado da mesa de centro. Enquanto Zéh apenas concordava com a cabeça, atônito a toda a explicação.

- Pois então, na França é cheio de piriguetezinhas e assim como os homens, ela querem se esquentar. Em certo momento da história, devido a falta de homem nas redondezas de onde Gay-Lussac vivia, umas três ou quatro meninas procuravam o Gayzito pra umazinha né, esquentar a noite. – disse batendo as costas de uma mão sobre a palma da outra, simbolizando um gesto de metelancia. – Mas a bixinha além de só querer saber de trabalhar, tinha um problema com gases. Esse vinha desde a infância. Sempre que uma menininha chegava próxima a ele demonstrando segundas intenções, o moleque teimava a sair peidando. – Dr. Edir então ergue-se na cadeira e aponta o dedo pra Zéh, no sentido de salientar algo. – É nesse período da infância que imagino que a aptidão Gay dele se formou, como uma consequência intra-psicologica do medo da vergonha.

- Humn... – disse Zéh como uma resposta por não saber o que dizer.

- Devido a esse trauma, o Sr. Gay-Lussac se transformou numa bixona, porém esse trauma também o ajudou na resolução da lei em que ele trabalhou durante a sua graduação em Paris.

- Ah é!? – respondeu Zéh no automático, sem já saber porque estava curioso.

- Sim, claro. No período de faculdade... Você fez né, ou faz? – perguntou Dr. Edir, tentando manter um dialogo com seu paciente. Sentia ele meio calado.

- Sim, sim. Estou fazendo. – respondeu Zéh.

- Então, nesse período as saliências são maiores, logo a pressão aumenta. E como Gayzito era sensível a isso, ele utilizou de sua própria experiência vivenciada, pra essência da sua Lei formulada.

- Humn...

- Sob um volume e quantidade de gás constante, a pressão é diretamente proporcional à temperatura. Essa é nada mais, nada menos que a Lei de Gay-Lussac. – diz estalando os dedos, como se algo fosse magnificamente desvendado.

Zéh, para os conhecidos de memes, era só “POKER FACE!”

- Esse problema crônico do Gayzito, fez com que ele tivesse volume constante de gases dentro dele. Com o aumento das saliências, que podemos fazer uma analogia com a temperatura, as coisas simplesmente esquentaram conforme suas experiências na infância em relação à faculdade. Ele também reparou que seu problema de gases aumentou, e de tal ponto a causar hemorróidas devido a grande pressão dos seus gases. Assim fica simples entender como ele chegou a sua lei, problema crônico de gases com o aumento das saliências aumentava pressão de gases dentro dele. Proporcionalmente. - concluiu Dr. Edir.

Zéh  

- A conclusão que cheguei da Síndrome de Gay-Lussac é que ele pra evitar problemas futuros, os virulentos dessa síndrome tendem a fugir, se preocupar com outras coisas. No caso dele - problemas constrangedores - ele focou nos estudos e... No caso dele acabou se dando bem, conseguiu formular uma lei e levou uma fama. Eu particularmente, como seu Doutor... Minha mente masculina diria pra você comer as três, simples assim. Mas como sou profissional, falo para você realmente fugir para não causar danos futuros. Você só não está disposto a certas coisas. - disse Dr. Edir concluindo seu diagnostico sobre Zéh.

Zéh não conseguia entender o sentindo dele estar ali. Continuava atônito na cadeira do consultório, sem saber o que responder, apenas acenou com a cabeça. Dr. Edir então se levantou da sua cadeira e foi até a porta.

- É jovem, nosso tempo acabou. – disse abrindo a porta.

Zéh então se levantou da cadeira e foi caminhando olhando pra um ponto fixo perdido no chão.

- Obrigado – eu acho, pensou ele – Dr. Edir.

- Você é um bom rapaz, sensato, continue nesse caminho. Beijo no C#´!. – disse Dr. Edir com um aceno, fechando a porta logo em seguida.

- Esses jovens de hoje em dia, só complicam. Come logo! – pensou em voz alta Dr. Edir voltando pra sua mesa.

Por coincidência Zéh encontra Manolo pelos arredores do SRD.  Melhor, Manolo encontra Zéh, que parecia meio perdido.

- Zéh! – exclamou Manolo. – Tudo bem cara? Que cara é essa, chapado? – perguntou Manolo rindo da cara de bunda de Zéh.

- Quê? – respondeu Zéh olhando esquisito pra Manolo. – Não, não, passei ali no consultório desse psicólogo novo aí do SRD. Fui ver qual é a dele.

- E aí, gente boa?

- Porra, sei lá. Muito doido! Cara, vamos tomar uma. – respondeu Zéh, meio que sem resposta.

Seguiu Zéh então em direção ao quiosque e Manolo foi junto, ficara curioso sobre o que e por que ele tinha ido atrás do Dr. Edir.  Zéh não respondeu muita coisa, e não foi nem por vergonha, simplesmente não sabia o que dizer. Disse apenas que ficou sabendo que o Gay-Lussac era uma bixona da França. Manolo por sua vez foi, o que parece, infectado pela curiosidade de conhecer o louco Dr. Edir. Imaginou que pelo menos boas histórias iria ouvir.

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