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sábado, 27 de julho de 2013

O Casamento: O dia.


MaGá estava todo empolgado. Estava na beca e ia ser padrinho.

Que foda! o/

A única coisa que tava pegando era o papo da dançinha, mas beleza, se tá na chuva é pra se molhar.

Antes de a noiva chegar tava a turma toda na entrada do salão esperando. A noiva tava fazendo aquele charme novelesco de atraso. MaGá e Zéh não perderam a oportunidade e começaram a zoar.

- Iiihh... to achando que não vem mais não. – comentou Zéh.

- Ouvi dizer ali do lado, que ficaram sabendo que ela tava a caminho de Búzios. Eu acho isso maior vacilo!

Alvinho era só o sorriso constrangedor para os convidados que chegavam, aparentemente nem ouviu as brincadeiras, era puro nervosismo.

Um que também estava nervoso era o Tico, mas esse era padrinho e MaGá foi logo tentando acalmar.

- Que isso cara, relaxa! Quem ta casando não é você, tu é só o padrinho. Quem ta se enforcando é o Alvinho. – disse rindo e dando uns tapinhas no peito.

Passado algumas meias-horas a noiva chega. Então chegava a hora de se alinhar com as madrinhas na entrada do salão.

MaGá então estendeu o braço à sua madrinha, o cruzaram, estufou o peito e se preparou para entrar. Chegou a escutar uns blá-blá-blás da madrinha, mas nem deu bola.

- MaGá... blá-blá-blá... entra sorrindo... blá-blá-blá... foto... blá-blá-blá

Wiskas sachê, wiskas sachê, wiskas sachê!

- OK!

MaGá passou pelo tapete vermelho todo bobo, tava felizão, mas dava graças a Deus por ser apenas um padrinho. Se via longe desse momento.

Em meio aos risos bobos e burburinhos entre os padrinhos, o pastor chega em MaGá por trás e da um tapinha no seu ombro. MaGá entra em desespero.

Ah não! Que merda que eu fiz agora?!

- Você é maior de idade?

Ai cacete! Que fiz agora, to bêbado? To agindo como uma criança e vale o esporro? Olhei pra mulher de algum miliciano de Nova Iguaçu? Merda! Se eu for de maior quem se ferra sou eu e se for de menor é meu pai?

- Ei! Você tem mais de 18 anos?

MaGá responde, travado, que sim, apenas acenando com a cabeça.

- Então... quando eu chamar preciso que vá lá na frente assinar como testemunha. Tudo bem?

Ahhh! Ta de sacanagem que é só isso? P#RR4! Que susto...

- Ta beleza.

Fora a cerimônia, outra expectativa estava no ar. A hora do “Alguém tem algo contra a dizer?”. Não que se trate apenas de um clichê de filme de comédia romântica que o pessoal tava afim de ouvir, mas realmente a turma tava achando que existia a possibilidade de algo acontecer. Tudo porque no inicio do ano a mulher do Alvinho tinha discutido feio com a namorada de um dos melhores amigos dele. E como todos sabem, mulher é tudo “viadinho”, cheio de picuinhas e todas vingativas. Existia a possibilidade.

- E aí, vocês acham que rola um barraquinho básico hoje? – perguntou Zéh.

- Ah, acho que não, será?

- Bora fazer uma apostinha? Boto vintinho que rola. – disse Manolo torcendo pra rolar um Jungle Fight.

- Hahaha... Ia ser engraçado. É muita FD#utagem fazer aposta disso. Tá, só pra não dizer que não brinquei, boto cinquinho. – ria MaGá, junto com os outros.

Quando o pastor fez a tão esperada pergunta a padrinhagem toda se pegou olhando entre si. O clima de tensão estava solto no ar. MaGá viu, assim como ele, alguns com um sorriso no rosto. MaGá ainda ficou sabendo no final da festa, por Chico, primo de Manolo, que na mesa onde ele estava junto com a tal menina também ficou com aquele clima.

Acabou que um silêncio se instalou no ar. Era um “NÃO!” bem grande para alegria de Alvinho, que depois confessou ter ficado apreensivo. Mas, para tristeza de Manolo, que esperava um pouquinho de circo pegando fogo.

Depois desse clímax e sim-sim, foi a vez do pastor chamar MaGá, mas como não foi pelo nome, ele deu uma boiada.

- As testemunhas desse casamento, por favor se aproximem.

Teve o Zéh que cutucar pra ele se ligar.

- Ah, tá. Beleza. – disse seguindo para a assinatura.

Já no caminho teve confusão. A madrinha de MaGá tomou sua frente, forçando ele a dar uma parada. Então resolveu ir pelo outro lado, mas ali estava a mulher da filmagem, mais o pastor. Fudeu! MaGá então travou. Então resolveu por fim, voltar e ir atrás da madrinha. Chegando para assinar ainda teve que ouvir uma gracinha da mulher e da mãe de Alvinho.

- Que foi MaGá, ta nervoso? Não é você que tá casando não. – disse a mulher.

- Ih, MaGá ta nervoso, hehehe... – disse a Mãe de Alvinho.

MaGá não tava nervoso, mas essas brincadeirinhas, mais a câmera filmando ele com aquela luz na cara, também não estava ajudando. Pra melhorar ainda teve piadinha do pastor.

Como era papo de testemunha, assinatura, MaGá imaginou que tinha que ser algo todo certinho. Resolveu então por o nome completo, que até que não era grande. Enquanto assinava, o pastor lançou uma para alegria do povo.

- Não precisa botar CPF e RG não meu filho. – disse o Pastor arrancando risadas de uns e um sorriso amarelo de MaGá.

Isso é vacilo! No microfone é vacilo!

Pra não sair apenas com cara de bunda, MaGá resolveu dar uma avacalhadinha na filmagem, e assim que termina a assinatura, solta dois joiínhas pra filmagem.

Depois da assinatura de testemunha de óbito, o pastor seguiu com a finalização do seu discursozinho comédia. Chegara então a hora boa, a Festa.

quarta-feira, 10 de julho de 2013

O Casamento: Bebê a Bordo!

MaGá estava na sala de TV do SRD com uma amiga quando recebeu uma mensagem de Alvinho.

[ Vou ser pai. ]

- Hahaha... Não é possível, tipo, como assim!? - riu incrédulo e pensando em voz alta.

- O que houve?

MaGá nem deu ouvidos, foi logo tirar a dúvida com Alvinho.

[ Ta de sacanagem?! Não, tu tá né! ]

De repente subiu um calafrio pela espinha de MaGá, coisa de filme de terror. “Como assim!? Já pensou se fosse comigo? C4R@LH*!”. Assim que voltou a realidade mandou mensagem pra toda turma.

[ Alvinho vai ser PAI! Do tipo: bebê a bordo! ]

Zéh:

[ C@@@@@R4LH***!!! PQ#! ]

Manolo:

[ Caô! Ninguém ensinou ele a usar camisinha não? Anticoncepcional, conhece? Do dia seguinte?!  ]

Rafa:

[ Não pode, isso é sacanagem! ]

Alvinho:

[ Aqui, só não fala pra geral ainda, vou ir falando aos poucos ]

Ih, deu merda!

Depois de quase duas ou três semanas da mensagem ao estilo O Chamado, Alvinho voltou a ligar e dessa vez com uma proposta, deixando bem claro a necessidade de uma resposta imediata.

- MaGá, quer ser padrinho? Eu vou casar e o casamento vai ser daqui a um mês mais ou menos.

- Casar!?

- É, cara.

- Como assim “é cara”. Como assim!?

- Cara, to todo enrolado aqui. Precisa ver terno e outras coisas. Vai querer?

- Sim, né!

- Beleza, depois falo contigo melhor.

Tun tun tun...

MaGá então lembra de um comentário de um amigo que já foi padrinho: Padrinho parece ser só diversão, mas tem uma trabalheira e tem uma despesa que dói. Parece que tá casando.

Ok! Mulher selecionada, data escolhida, local escolhido e Padrinhagem escolhida: Rafa, Manolo, Zéh, MaGá e Tico (primo do noivo). Alvinho então reuniu e levou todos ao salão para ver os lances de posição, tempo e blá-blá-blá. Tudo tranquilo até MaGá ficar sabendo que vai rolar uma dança dos noivos e dos padrinhos.

- Então, vamos dar uma ensaiada rápida na dança pra gente ter uma ideia das posições? – opina a madrinha do Tico, com todo apoio e sorriso do padrinho.

“Esse povinho da lambaeróbica”

- É serio mesmo esse papo de dançinha? – pergunta MaGá pra Rafa em voz baixa.

É sim e pelo que fiquei sabendo vai ser aquela do “Superman ficou fraco

- Ah não, ta de sacanagem! Isso é culpa do Youtube, coisa de americano que quer aparecer e bota essas coisas na internet. Por que não faz o tradicional? Pastor pergunta, sim, sim, beijinho na boca, festa e pá-pun lua de mel!

- Por mim a gente ensaia numa boa, dá uma zoada e na hora da dança, do vamô vê, geral some. Eu não vou, tá maluco! – disse Zéh, cheio da convicção.

Depois de alguns “Foge mulher maravilha, foge Superman” o próximo passo era as roupas. Lugar escolhido, centro de Nova Iguaçu. E lá vai MaGá mais uma vez pra esse inferno terrestre, mas sorte que não ta indo de ônibus.

Chegando lá as madrinhas foram junto com a noiva para uma seção da loja e o noivo e os padrinhos pra outro. Na loja de ternos a graça ficou sendo o atendente, esse, meio, “meninona”. O primeiro a experimentar foi o Rafa.

- Vai Rafinha, vai rafinha. – cantou Zéh em voz baixinha e sexy.

A brincadeira do Zéh arrancou risada da turma, um sorriso constrangedor de Rafa e um sorriso sacana do atendente.

Enquanto Rafa era atendido, a turma era só risada e ele provavelmente não entendia nada, só ouvia risos, mas a cada ação da meninona, Zéh simulava um diálogo.

- Nossa, mas que bumbum delícia branquinho. – disse Zéh com uma voz Clodovil enquanto o quadril era medido.

- Hahah.. Huahahau.. Kkkkkk... – risadas ao fundo para constrangimento de Rafa.

Depois de Rafa foi Manolo e Tico, que claro, foram sutilmente bolinados, para alegria da turma.

Chegava então a vez de MaGá. Enquanto ia ao caminho do inevitável, já ouvia as risadas ao fundo. Não conseguiu segurar e já foi com um sorrisão no rosto. Sensação pior que ser apalpado é ter o sorriso correspondido pela meninona.

Essa meninona ta gostando da brincadeira, que bandida!

Quando MaGá vestiu a roupa para a medida, nem ele segurou a risada. A calça era pequena – tinha pelo menos um palmo de canela aparecendo –, tava com um sapato 44 no estilo pé de pato e o terno não tampava os pulsos. Legítimo Jeca Tatu. Chegou a perguntar se tinha um maior, mas a meninona disse que para tirar as medidas não precisava.

Só comigo, só comigo!

Quando a meninona foi ajeitar a cintura para tirar a medida, MaGá no impulso, deu uma travada na bunda.Só ouviu as risadas, nem um pouco sutis, ao fundo.

Que merda!

O bom é que no geral a medição foi rápida, incolor e sem traumas.

[ lapso MaGamental ON ]

Zéh:

- “rápido, indolor e sem trauma...” SEU VIADINHO!!!

[ lapso MaGamental OFF ]

Depois do filho feito, local escolhido, data marcada e roupa alugada, só faltava, O dia!