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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Primeira vez, A Gente Nunca Esquece!

Existe e MaGá sempre escutou aquele ditado popular de que “a primeira vez ninguém esquece”. Certo, MaGá tinha certeza que com ele não seria diferente. A situação aconteceu na casa de praia de Alvinho. Junto com eles, Ninha e Gabi. Os quatro já se conheciam e já era aquele tipo de amigos em casal, viveram excelentes situações e momentos.

Alvinho e Ninha já tinham se relacionado, só restavam MaGá e Gabi. Não por desinteresse dele e nem dela, mas MaGá não fazia idéia de como agir com a situação. Então Alvinho resolveu querer ajudar. Chamou os quatro para passar um final de semana na sua casa de praia. Beleza, MaGá sabia que seria naquele final de semana.

- Então galera, vamos tomar uma cerveja no quiosque? – perguntou Alvinho.

- Claro! – concordaram as meninas.

Alvinho então chega ao pé do ouvido de MaGá pra dizer que está tudo planejado.

- MaGá, ta certo, é hoje! Vamos pro quiosque, bebemos e no final da noite é só aproveitar!

- Mas como assim, aproveitar onde cara? E seus pais e os outros? Vou fazer o que, onde?

Exato, eles não estavam sós. Os pais tinham acabado de chegar com mais duas visitas, o que fez MaGá dar uma desanimada.

- Porra! Faz de conchinha, no silêncio. É tranquilo.

“Minha primeira vez e vou fazer de conchinha no silênciozinho? Na sala com mais gente? É uma puta falta de sacanagem!”

Foram eles pro quiosque. Lá tomaram algumas, conversaram e tudo bem. A esse ponto MaGá já tava tarado, queria muito a Gabi. Na volta Alvinho só observava pelo retrovisor, estava os dois se pegando pesado. MaGá passava a mão pelo corpo de Gabi, das coxas aos peitos, dando uma atenção especial a cintura e bunda. Tava ficando louco! Até que não resistiu e tentou abrir a calça de Gabi. MaGá passava a mão procurando o botão e nada achou. “Mas que merda! Cadê a porra do botão?”. Um problema. Parecia um cinto de castidade – apesar de nunca ter visto um. Os botões da calça ficavam na lateral, e eram três botões. Isso mesmo, três, sem contar o zíper ainda. Aquilo era um quebra-cabeça. MaGá se sentiu igual no filme “Jogos Mortais”, tinha que desvendar o mistério, para sobreviver. Para conseguir dá a primeirazinha da sua vida. MaGá beijava e tentava abrir mas não parava de pensar, “Mas que merda é essa?! AFF! Pensei que queria, não é possível!”.

- Calma! Ta com dificuldades aí? – perguntou sacaneando Gabi

- É, parece que sim. Não entendo pra que tanto botões, zíper e coisas do tipo. Pra que se compra uma coisa assim?

- É, quando a gente compra, não compramos pensando em tirar.

- Até que faz sentido.

Percebendo toda movimentação Alvinho não perdoou.

- Que isso, estão no cio? Espera chegar em casa.

E blábláblá. Chegando na casa, cada casal começa a se pegar. MaGá parecia um cachorro no cio realmente. Alto, assim como Gabi não sabia como se posicionar no banco de trás.

“Como as pessoas conseguem fazer isso nos carros, não tem como!”.

Até que abrem a porta da sala e a mãe de Alvinho aparece.

- Já chegaram? Até que fim. Estava começando a me preocupar já. – fala aflita, ajeitando o cabelo e cruzando os braços em seguida.

- Ta tudo bem mãe, estamos bem aqui.

- Melhor vocês entrarem gente, ta com muito mosquito hoje e vocês ainda tem que arrumar o colchonete de vocês.

“Pra que?!” Broxando todo mundo, todos entram. No dia seguinte Alvinho chega a MaGá e pergunta como foi. MaGá não entende nada.

- Como assim, como foi?

- Ué, transaram ontem?

- Como? Claro que não né! Sua mãe ajudou bastante pra isso também. Por que, vocês fizeram?

- Porra! Tu ta de bobeira né, claro que sim. Falei que dava pra fazer, você nem percebeu. Hoje vê se não da mole.

Chega a noite. A ansiedade de MaGá aumenta a cada hora que se passa, igual a episódios de “24 horas”. MaGá está do lado de fora esperando as meninas com o Alvinho, até que elas aparecem. Ninha ta com um top e uma saia jeans. E Gabi... Gabi ta de vestido. Os olhos de MaGá brilham, pelo menos é o que ele pensa, e não consegue segurar o sorriso. Alvinho dá uma batidinha no seu braço e confirma o pensamento dele.

- É rapaz, é hoje! Vestidinho, hoje não vai ter problemas pra achar o tesouro.

- Aham! – diz pra Alvinho em voz baixa não tirando olho de Gabi. 


– Você ta demais nesse vestido hoje Gabi. – completa pra ela.

Assim, vão para o quiosque outra vez. MaGá não pensa em outra coisa, só que saber da hora da volta. E assim, é. Chegando perto de casa, MaGá e Gabi começam a se pegar. Alvinho procura não perder a oportunidade e começa a dar umas zoadas, porém do jeito que MaGá ta empolgado, nem bola ta dando. É interrompido pra abrir o portão, e ele vai. Depois de estacionado MaGá segue em direção a casa, pensa que todos vão em seguida. Percebe que ninguém entrou em casa e então vai ao banheiro. Pensa que de repente estão vindo e pra não ficar igual a um, dois de paus... Saindo nada deles e não entende nada, resolve ir ver o que aconteceu e vê que ainda estão todos no carro.

- Porra, você é maluco? Pensei que não ia voltar – diz Alvinho rindo.

- Claro   que não, fui no banheiro pô!  To aqui – responde MaGá se fazendo completamente de maluco.

Gabi ri e diz não ter entendido nada da parte dele em ir entrando e que achava que ele não ia voltar. MaGá resolve não explicar – até porque não tem explicação – e começa a beijar Gabi. O clima vai esquentando, porém na frente esquentou mais rápido. Quando menos perceberam, Ninha já tinha subido em cima de Alvinho. Da parte de MaGá tudo bem, ele não tava nem ai, tava é querendo o mesmo. Só que Gabi não se sentiu muito a vontade e pediu pra ir pra fora. Beleza, MaGá foi, mas sem fazer a mínima idéia de pra onde ir.

- Não tinha como fica ali né.

- Não, claro que não. Nada haver né. – respondeu de imediato MaGá.

- Então, vamos pra onde? – perguntou com um sorriso no rosto Gabi.

Numa questão de segundos MaGá olhou a sua volta e não fazia a mínima idéia do que fazer ou dizer, só continuou andando na direção que saiu do carro.

- É... Então, vamos ali pra fora. - disse MaGá meio incerto da sua resposta.

Saindo da casa MaGá viu no final da calçada da casa, uma elevação de uma calçada pra outra de uns meio metro mais ou menos, e seguiu na direção. Logo pensou “Braaaazzers! Levanto ela pelas coxas, apoio ali e foi!”. Só que as coisas não são simples assim, magrinho daquele jeito, sem força e primeira vez. Ilusão dele. As coisas começaram a esquentar. MaGá já estava beijando com um sorriso no rosto “É hoje, é agora!”. Ele na hora de apoiar não sabia muito bem o que fazer. Era mais alto que a elevação. Não sabia se ele se apoiava na elevação ou se apoiava ela. Enquanto ia pensando, ela toma as rédeas e apóia ele na elevação da calçada. MaGá se amarrou. As coisas foram esquentando até Gabi desabotoar a sua calça e falar mansinho no seu ouvido.

- Vamos ver se você sabe encaixar direitinho!

Pra quê?!!! MaGá começa a rir por dentro. “Como assim, isso não é tipo de pergunta que se faz. Ainda mais agora, nessa situação, huahuahua”. E o melhor estava por vim. MaGá estava super excitado e enquanto falava isso, Gabi pego seu pau e deslocou em direção a sua calcinha como se fosse um controle de Atari “Áu!”. MaGá pedia misericórdia por dentro. “Ai ai ai... calma, calma”. Não podia dizer muita coisa né, tava acontecendo o que tanto queria, então ficou quieto. Até que ela encaixou, MaGá sem muita pratica e com seu joystick latejando igual a enxaqueca de pedreiro em dia de sol de meio dia, achou uma tortura a entrada. MaGá tava mais alto que Gabi e ela domino o seu joystick como bem entendeu, botando quase todo pra baixo e parecendo escolher a posição mais desagradável.

[lapso magamental ON]

- Ai CARALHO! Ta maluca ?! – diz ele empurrando Gabi para atrás brutalmente

- Que foi, ta sensivelzinho a criança? – disse suavemente com um riso sacana no rosto. – Me da essa porra e deixa de frescura, muleque! – disse falando com uma voz firme e dando uma bela de uma porrada, em tapa, na cara.

Ela empurra ele o deitando sobre a calçada mais alta subindo em cima dele, começando então todo o serviço até o matar de todo prazer.

[lapso magamental OFF]

Mas não é assim que as coisas acontecem. MaGá aceitou a dor e foi. Não sabia se tirava a calça, a cueca tava na coxa, não conseguia abrir as pernas direito, pensava em tudo ao mesmo tempo. Apoio a bunda na calçada mais alta, mas tava meio molhada. MaGá na hora pensou, “Porra, não choveu! Ah não, meter em cimento fresco é sacanagem!”. Mas em seguida, depois da entrada as coisas foram melhorando e ficando mais relaxadas e indo bem, foi ficando gostoso. Até que se ouve um barulho de motocicleta das velhas. Os dois param na hora, MaGá não sabe se bota a calça, se tira ou se esconde atrás dela. Acaba que bota só a cueca, a calça fica arriada e fica se fazendo de maluco como se nada tivesse acontecendo. Apenas conversando com uma menina as 3 horas da manhã que está com as costas do vestido preso na calcinha. Estúpida situação. Depois de uma bêbado passar e dizer um:

- Opa criançada bonita, hahaha... Ô minha filha, ta preso no fio ai atrás, mas to vendo nada! – dizia cambaleando pra um lado e outro com a voz torta. – Capricha meu rapaz! – completou.

“Meus Deus, até o bebum me botando pressão... aff!” Depois do bebum passar eles continuaram. E de novo Gabi vem pra surpreender. Enquanto pula em cima de MaGá, como um agachamento de rã em pé, ela resolve dizer.

- Vai, diz que me ama. Diz que me ama, vai! – repetindo umas três vezes com a voz ofegante.

MaGá não pensa duas vezes e responde de imediato.

- Adoro você, vai, adoro! Gosto muito!

Logo em seguida, quando Gabi percebe que MaGá ta quase lá, ela diz no pé do ouvido.

- Quando for gozar, tira! – falou com uma voz doce e mansa.

De novo, PRA QUE!? Foi tiro e queda. Ouviu, gozou. Foi dentro, foi fora, foi um alivio! Uma felicidade para MaGá, sorriso no rosto. No dia seguinte Alvinho foi até a MaGá o acordar.

- E ae, como foi ontem? Rolo?! E foi onde, não tive no carro pô!? – perguntou ansioso Alvinho.

- Sim sim, rolou. Foi ali na calçada mesmo, do lado de fora. – responde com um sorriso bobo no rosto.

- HUAHUAHUAHUA... Na rua? Só tu mesmo! E ae, foi bom, tranquilo?

- Tranqüilo não né, foi a 1ª vez... Foi diferente! Mas foi muito bom, com certeza não esquecerei.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Dr. Edir Paiva - Bem Vindo ao SRD

Depois da confusão de MaGá com a Médica/Psicóloga do condomínio, a direção geral resolveu ir atrás de outro. Chegaram ao excêntrico Dr. Edir Paiva. Explicaram a ele todo o ocorrido com a doutora e o MaGá. O doutor deixou claro que gostaria de falar com o jovem, porém não era a mesma vontade do MaGá. Traumatizou.

Como a doutora continuou e o posto médico já estava com todas suas instalações preenchidas, restou ao Dr. Edir apenas uma saleta ao lado da Divisão de Educação e Prevenção.

- Doutor, devido as instalações do posto estarem cheias, conseguimos apenas uma sala ao lado do DEP para o senhor. É algum problema? – perguntou o diretor geral

- Qual seu nome meu jovem?

- Junior, pode me chamar de Junior senhor.

- Ok. Pode me chamar de Dr. Edir. Então, o que seria o DEP?

- Divisão de Educação e Prevenção, é para os jovens do Sunset RURAL Dreans.

- Então quer dizer que há camisinhas de graça lá?

- Sim, Por quê?

- HÃN!!!? – exclamou com um berro o doutor Edir.

- O quê?! Han? – se assustou – Não entendi doutor... – questiona o Diretor, meio confuso com o diálogo.

- Manter a vida sexual pró-ativa meu jovem! E o local, como é Junior?

Junior não estava acreditando na conversa que estava tendo com o doutor. Estranho esse doutor, pensou ele.

- Pois então Dr. Edir, é meio escondido e ta precisando de uma ajeitadinha, já peço desculpas, mas amanhã já deve estar melhor apresentável para o senhor.

- Excelente! Meio escondido é perfeito para aplicar meus métodos e teorias sobre o meus causos a resolver, e os distúrbios a observar.

Junior o Diretor Geral ficou meio preocupado com a animação do Dr. Edir sobre a localização do seu futuro consultório e preocupado com novas confusões resolveu tentar esclarecer as coisas.

- Dr. Edir, e como seriam seus métodos, convencionais? Segue a linha Freudiana?

- Utilizo a ideia da Trindade...

“Um religioso?!”

-... Corretor, Redutor e o Extrator...

“HÃN!?!”

-... Meus métodos são inovadores, é o que posso lhe dizer. Mas sempre eficientes! Fique à vontade pra me visitar em um momento de folga.

- Creio que não será necessário. Mas agradeço o convite.

- Ok. Então, sigo os ensinamentos e ideias de Oráculo, o melhor orientador que tive. Freud é para os fracos e medrosos por revolução mental!

- Ah, sim. Claro. – o que eu to fazendo – Então, amanhã pode vir e seu consultório já estará preparado. Mandarei Seu Carlinhos arrumar o local para o senhor.

- Ok então meu jovem. Beijo no C#´! – disse Dr. Edir, virando as costas e saindo do escritório com um aceno do tipo jovial sob a cabeça.

Junior fica perplexo com a despedida do Dr. Edir e praticamente despenca na sua poltrona. Fica imaginando que provavelmente fez uma tremenda merda em contratar o doutor.

Assim Dr. Edir foi embora no seu clássico Monza ‘89. A notícia que a doutora gostosa seria substituída por um “Dr. Edir”, velho e com fama de louco já perturbava alguns homens do condomínio. Na manhã seguinte chegara o Dr. Edir no seu belo Monza ’89, parando perto do seu consultório e do DEP, não perdera tempo e foi até a vizinhança se apresentar. Na verdade, atrás de camisinhas de graça.

- Bom dia, minhas jovens!

Entrou o Dr. Edir no DEP com sua bolsa de couro pendurada ao ombro e dando uma de galanteador pra cima de Carlota e da Fabi, sua assistente.

- Olá, Muito bom dia! Pode me chamar de Carlotinha.

Disse Carlotinha, com um sorriso de “CARNE FRESCA NO PEDAÇO”. Carlota era uma quarentona do tipo gostosona, era apelidada por alguns jovens de “Xoronguina”. Tinha um apetite sexual e jovial, assim como Dr. Edir.

- Por acaso, teriam camisinhas a me oferecer aqui?

- Sim, claro. – disse Fabi, dando duas camisinhas ao doutor.

- Mas por obséquio minha jovem! Preciso de umas cinco.

Carlota abre um sorriso e entrega mais cinco em suas mãos, com uma cara de “Ai, se eu te pego!”. Dr. Edir então, com um sorriso se despede das jovens e vai em seu carro pegar sua placa para o consultório novo. “Me traga seus Causos e Distúrbios, e te mostrarei o verdadeiro mundo! – Dr. Edir Paiva”.

Enquanto caminhava em direção a seu consultório, um haribu que se consultava sempre com a doutora – sempre na intenção de conseguir pegá-la – berra da janela em frente ao seu consultório.

- Fazer psicologia e dar consultas é mole, quero ver apertar um beque!

Sem titubear Dr. Edir respondeu o jovem

- Apertar um beque é moleza meu jovem... Quero ver a capacidade do jovem pra pegar mulher!

- Velho MALUCO! – berrou da janela fechando logo em seguida.

- Esses jovens de hoje... Tudo disturbado!

E assim foi sua chegada e apresentação do Dr. Edir Paiva no Sunset RURAL Dreans. Causando estranheza, porém decidido a ficar e revolucionar com seus métodos.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Um dia cheio, o outro... Sem Graça!

Todo mundo tem sua primeira paixãozinha e nelas sempre se fica nervoso e paga micos. Com MaGá não seria diferente. Seria bem pior. Sempre que ele e Alvinho estão numa roda com amigos ou, desconhecidos, Alvinho conta uma história de MaGá. Uma não, “umas” e sempre tem a da Graça. E com certeza não foi uma vitória, é sempre uma derrota o que os amigos têm pra contar.

Era fim de ano e ele conheceria Graça. Graça veio de outro estado para ficar no mesmo condomínio de Alvinho, onde ficava com as primas. Veio visitar o pai. MaGá não sabe dizer, mas bateu o olho e se amarrou. A menina era seu número. Não seria nada estranho, MaGá, tímido por natureza fazer algumas besteiras.

A primeira veio logo ao conhecer seus pais. Quando foi apresentado MaGá ficou super nervoso, sem motivo nenhum, pois não tinha relação nenhuma com ela. Era apenas uma paixonite platônica. Mas vai entender... Quando ela o chamou para mostrar o pai, assim como fez para todos os outros amigos, MaGá já começou a suar. Imagino que queria fazer uma boa impressão desde já.

- MaGá, venha aqui. Esse é o meu pai, sua esposa e a filha deles.

MaGá foi ao encontro deles para cumprimentar. Deu dois beijos na irmãzinha, dois beijinhos na mãe e agora restava o pai, o chefe da tribo. Em meio ao nervosismo e na pressa, acabou indo dar dois beijinhos no pai também. MaGá na exata hora em que deu o primeiro beijo já pensava “Mas que merda eu to fazendo?”, mas como já tinha dado o primeiro, foi dar o segundo. Porém no momento em que foi dar o segundo notou a cara de estranheza do pai, que com certeza devia estar pensando em algo do tipo “O que ele ta tentando fazer?”. Espertamente, se é que se pode dizer, pois já tinha dado um “beijinho” no pai da menina, ele emenda um abraço com um tapinha nas costas se fazendo de maluco.

- E aí, como vai o senhor? A Graça disse que veio visitar o senhor.

- É isso mesmo. – responde o pai com enorme estranheza, para deixar MaGá mais constrangido ainda.

Graça reparando na vergonha de MaGá consegue separar o dois e ele vai procurar um copo d’água para beber, nesse período Alvinho vai até ele.

- O que foi aquilo, beijinho no pai?! Hahaha – pergunta com um riso sacana pra cima de MaGá.

- Pô cara! Não faço idéia. Fui beijar a filha, depois a mãe e na hora do pai... foi junto.

MaGá procurou não esbarrar mais com o pai de Graça, por sorte ele já tinha voltado pra casa. Porém ficou para MaGá levar ela pra casa do pai, já que ele morava perto. Na época MaGá era mais novo e não sabia muito bem que ônibus pegar. Foi então perguntar ao seu pai como fazer.

- Pai, to indo pra casa mais cedo, to indo com a Graça. Como faço pra deixar ela em casa, que ônibus deixa ela lá?

- É bom pegar a van em frente ao terminal, passa bem na porta. É só perguntar qual van passa perto do mercado coelho. Ou em vez de pegar o 526, pega o 526-A, esse deixa próximo da casa dela também, mas faz um trajeto diferente.

- E eu? Faço como, solto onde? – pergunta MaGá, o insensível.

- Tu vai ficar perto da praça e de lá você sabe o caminho.

Muita informação pra MaGá, que na época além de novo era mais tímido ainda. Não passava pela cabeça dele ter que sair procurando e perguntando que van passa onde, e nem o local de soltar.

MaGá não sabia o que fazer, uma coisa era certa, não ia sair perguntando pelo terminal. Lá ele pensou em nem dar brechas para perguntas de Graça sobre qual condução pegar, foi indo direto para o 526-A.

- Seu motorista, passa próximo ao mercado coelho? – perguntou MaGá, para evitar surpresas quando estivesse chegando.

- Passa na rua de trás.                                  

MaGá não gostou muito da resposta, “Na rua de trás? Que merda, só pra complicar!”. MaGá então vai sentar com Graça no fundo do ônibus, já ficou meio nervoso, mas não sabe o por quê. Não sabe se é porque está com ela ou se é por não sabe onde soltar. Ele tenta dar a atenção a ela, mas não consegue desgrudar o olho da rua pra ver pra onde ta indo.

Até que ele percebe que o ônibus começa a fazer um trajeto diferente do 526. Ele pira! Nunca tinha entrado naquela rua. Sem pensar duas vezes, e nem mesmo na Graça, ele levanta, olha pra ela e faz uma das maiores merdas da sua vida.

- Graça, meu ponto é aqui. Sabe né, é só soltar na rua atrás do coelho. – diz MaGá com a fala acelerada.

- Mas como assim? – responde Graça, surpresa com MaGá.

 Vale lembrar que era a primeira vez dela no Rio.

- Onde fica isso? Eu não sei. – completa Graça.

- Qualquer coisa pergunta pro trocador, ele sabe. Beijos. – responde saindo do ônibus.

MaGá quando desce só observa, rapidamente, a cara de Graça pela janela. Abandona e desesperada em um ônibus que nem ela fazia idéia de onde ia parar. MaGá segue sua caminhada sem olhar pro lado ou pra trás para dar um tchau. Travou e seguiu em frente, só pensava, “Fiz merda! Que merda!”.

No dia seguinte ligou e pediu desculpas, mas ficou sabendo que o pai de Graça gostou, falou que só assim mesmo pra ela aprender, e que já estava na hora de saber como chegar na casa dele. Na cabeça de MaGá, dos males uma coisa boa né, pontos com o chefe da tribo. Mas MaGá encontraria Graça mais uma vez.

Uma das primas fazia 15 anos, e teve uma festa sensacional. Lá MaGá encontrou Graça de novo, e de primeira já chegou pedindo desculpas. Pela milésima vez. Onde se encontrava com ela pedia desculpas, pessoalmente, por telefone, MSN. Graça educada, deixou de lado e só pediu uma coisa.

- Tudo bem, deixa, é passado. Hoje sei chegar em casa. Mas dança uma valsa comigo? Aí eu perdôo.

Para tudo! Alvinho perto de MaGá já avisou.

- Cara, tu largo a menina no ônibus e ela te chama pra dançar? Era você que devia fazer isso né?! Ela ainda quer, não vai fazer besteira hoje. – comenta no pé do ouvido.

MaGá paralisou. “Dançar valsa? Como faço isso, vai dar merda”.

- Vai ter que ficar pra uma próxima, eu realmente não sei dançar e só pisaria no seu pé. – diz com um sorriso falso no rosto. – A gente dança depois na pista, melhor pra você. – completou MaGá.

Alvinho não acreditou no que viu, pra ele MaGá se esforçava pra não pegar ninguém, não era possível. Passou valsa, passou cerimônia e chegou a hora da pista. Alvinho, já no brilho do álcool, fez o favor de falar pra Graça que MaGá tava gostando dela.

- Que bonitinho – comentou Graça.

Então no meio da pista, os dois já dançando, Graça foi perguntar se era verdade.

- É verdade que você gosta de mim? Por isso que você tem agido meio estranho?

- Quê?! – perguntou MaGá se fazendo de maluco.

Não acreditava no que tava ouvindo, “Como assim? E agora?”. Nessa MaGá de não saber como agir, e não saber o que dizer, ele começa dançar igual louco, era aquelas musicas dos anos 80. Em uma tentativa de virada... Como naqueles episódios de Batman antigo... “POW!”, MaGá deu uma bela cotovelada em Graça. MaGá ficou muito sem graça, de imediato segurou nos ombros dela e perguntou se tava tudo bem. Claro que não, mas, imaginou que seria educado perguntar. Ela de cabeça baixa e com a mão no rosto responde, balançando a cabeça, que sim e sai pra sentar num banco próximo. MaGá atordoado só repara uma tiazinha já bêbada ao seu lado comentando.

- Aí, meu garoto! Pegou a loirinha. – comentou com um sinal de jóia.

“Quem dera... Que merda!” MaGá em vez de pegar, deu-lhe uma pela porrada na cara. Ele não acreditava, depois de paralisado foi até ela em um canto com uma das primas e Alvinho.

- Graça, me desculpa... De novo eu sei, mas foi sem querer, você ta bem? Sei que não, mas... E aí? Deixa eu ver – perguntou MaGá todo enrolado.

Quando ele levanta o rosto dela, MaGá não acredita. Na verdade nem deu tempo, nem de comentar.

- Graça, você está san... – falou grogue e caiu.

MaGá cai no meio do salão, desmaiou. Graça tava com o nariz ensangüentado. MaGá só acorda no hospital. Quando abre os olhos só observa Alvinho rindo com Manolo.

- Cara, você tem certeza que gostou dela? Sério mesmo? – perguntou rindo Alvinho.

- Como assim cara? Quê que foi? – falou meio zonzo.

- Maluco, nunca vi alguém se esforçar tanto pra dispensar uma menina. Na boa, tu se esforçou. HAHAHA... Se tiver alguém que eu não goste vou apresentar você pra sair. – Disse Manolo, rindo demais.

- Cadê ela? – perguntou MaGá.

- Foi embora. Acho que ela achou o Rio perigoso demais. HUAHUAHUA... – respondeu Alvinho rindo muito, junto com Manolo.

MaGá nunca mais viu Graça, as vezes fala com ela pela internet. Sempre pedindo desculpas pelo final de semana no Rio. Sorte da cidade que não foi a única experiência dela por aqui. Já veio depois, mas por sorte dela, MaGá estava na faculdade. 

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Carnaval em MG - Ai Meu Saco! [3a Parte]

Link: 1º dia de Carnaval
Link: 2º dia de Carnaval


Na manhã seguinte, ou melhor, tarde seguinte MaGá acordou e já era quase noite. Todos já tinham descido. Resolveu tentar encontrar todos no mesmo local combinado dos outros dias. Chegando lá encontrou Ninha, Gabi e mais um amigo delas. Lá perguntou do resto da turma, mas não sabiam.

- Foram no banheiro né. – respondeu sarcasticamente Ninha.

MaGá então perguntou se podia ficar ali com elas até os outros voltarem, e teve uma resposta positiva. Não imaginava ficando com Gabi, imaginou que a resposta de Ninha era só pra companhia. Mas foi só aparecer o vendedor do melzinho de pinga pra isso tudo ir pro saco. Gabi mordeu uma ponta e gentilmente ofereceu a MaGá, que tomou um pouco. A cada oferecida mais próximos eles chegavam, até que tudo começou de novo. Naquela noite eles beberam umas quatro pingas a metro, fora o resto das bebidas. Foi passando a noite eles não paravam de se pegar. Estava tenso. MaGá reparou, os outros passavam e olhavam os dois se pegando sem vergonha nenhuma. Com um pingo de vergonha, MaGá chama Gabi pra sair dali. Ela aceita. Lembrando que Alvinho conseguiu levar Ninha pro quarto, ele também tentou.

- Bora subir pra casa? Sério, to muito, mais muito afim de subir contigo. – sussurra no ouvido dela.

- Não, melhor não. Ontem pegaram dois casais transando no quarto. Abriram a porta e pegaram no flagra.

“Que MANEIRO! Ah, que vacilo...”

- Ta boa então... Como você achar melhor. – e deu um beijo nela.

- Vamos para outro lugar. – sugeriu Gabi.

Com um sorriso super sacana, falando no seu ouvido com aquele sotaquezinho que ele adora, MaGá ficou doido! Topo pra hora.

- E então, vamos pra onde? – perguntou ela.

“Pra onde? Tu que é daqui, como eu vou saber!”

- Não sei dizer. Não faço a mínima idéia, tu não é daqui?

- Eu morei em Ouro Preto, daqui não sei nada.

- Vamos andando até achar um lugar melhor.

Eles andaram e parecia impossível. Cada esquina tinha um casal se pegando, sem contar os que andavam puxando “loló”. Até que acharam um canto mais escuro, cheio de carros, parecia um estacionamento. Lá começaram a se pegar, e muito. MaGá tava sem noção. Tinha escutado na casa, que um dos “Bombas-boy” tinha feita muita sacanagem na rua com uma menina que tinha pego. MaGá pensou que como era, carnaval, Diamantina e ela tava toda arrepiada querendo, conseguiria. Nada. Gabi ficou na dela, só na vontade e segurou. A pegação rolou até o amanhecer. Depois que viram um casal sair de um dos carros resolveram subir, mas antes passaram por onde rolava o show pra ver se encontravam alguém. Encontram alguns da casa, Gabi ficaria, mas MaGá não agüentou. Não sabia o que tinha acontecido, mas seu saco doía demais. Nunca tinha sentido aquilo. Pra não ficar, se fez de maluco e fingiu que estava bêbado, que precisava voltar. Andava igual “Caderudo”, com as pernas abertas e todo desengonçado.

Chegando na casa foi dormir. O quarto já tava todo cheio, cada um em um canto, todos esparramados. MaGá morria de dor, nem pensou em achar um colchonete. Tirou o tênis, foi pro lado do armário e lentamente foi se deitando no chão. O coitado fez o próprio tênis de travesseiro. No dia seguinte, último dia, já era uma nova pessoa. Só restavam os comentários e as lembranças da turma. Depois de guardar as malas no ônibus a galera se reuniu na mesa da padaria que ficava ali perto e começaram as resenhas.

- Que pega, não pega vocês hein. – comentou Alvinho olhando pra Manolo e MaGá. – Pego a Gabi ontem né, e ai, como foi? – perguntou para MaGá.

- Pô, foi bom pra caramba. A gente foi pra um lugar aí e ficamos nos pegando até amanhecer.

- Cara, por que você não trouxe ela pro quarto mais cedo. Tu é muito burro mesmo!

- Parece que pegaram gente metendo num quarto desses, ela fico meio bolada e preferiu não arriscar. Achei beleza e ficamos nos amasso mesmo.

- Nem tentou que rolasse por ali mesmo, em um canto, sei lá.

- Cara, cheguei com meu saco latejando, não conseguia andar! Tive sorte dela não querer, não conseguia fechar as pernas e nem me mover direito. Muito sofrimento. – explicou MaGá com uma cara de tristeza.

Todos riram, e muito! MaGá não entendeu muito bem. Claro que não era normal, mas doeu sério, muito para o pessoal levar na sacanagem.

- Sorte nada... HAHAHAH... Frouxidão, sua e do Manolo. – disse rindo Alvinho.

- Como assim minha e do Manolo?

- O cara no dia do seu PT veio me pedir Dorflex, tu acredita? Tava com dor no saco! – disse Alvinho gargalhando muito. – Achou um estiramento no ovo esquerdo. – completou gargalhando.

- Vocês agora quando forem na farmácia tem que comprar Dorflex junto com camisinha. – comentou Zéh, zombando de Manolo e MaGá.

MaGá também não se agüentou, morreu de rir. Não podia muito, pois lembrava que os amassos com a Gabi deu o mesmo fim nele.

“Boa essa ideia do conjunto Camisinha mais Dorflex... Foda é pedir a balconista; me ver uma camisinha e um Dorflex!”

- A Gabi acabou com os dois. – Disse o Rafa, rindo junto com o Alvinho.

MaGá na mesma hora interveio para acabar com a graça de Rafa.

- E tu, que ficou morto o carnaval todo. Só dormia! E cadê seu óculos? Diz aí da sua carteira!

- Me diverti bastante ta. E os óculos eu deixei em algum lugar. A carteira me roubaram. – falou Rafa totalmente sem graça.

- Hahahah que carnaval hein... Perdeu os óculos, perdeu a carteira e perdeu a mulé ainda! HUAHUAHUA – comentou Manolo sem dó e piedade do Rafa.

Apesar de ter pego pesado, todo mundo morreu de rir e logo depois fecharam a conta e foram embora. Chegando em casa mais uma surpresa pro Rafa. Além de ter perdido a carteira e a mulher, ainda perdeu a mala. Chegou em casa só com a roupa do corpo. Camisa, bermuda e chinelo. A mala foi pra casa de uma outra pessoa do ônibus.

MaGá saiu super satisfeito do carnaval, apesar de todas as confusões. Até as que não lembra. Chegou pela primeira vez numa menina, não com muito charme, mas foi alguma coisa. E conseguiu. Teve seu primeiro PT. Nunca acreditou nessa coisa de não se lembrar de nada depois beber, mas realmente não se lembra de nada depois da queda. Tomou sua primeira droga, pelo menos acha, mesmo sem ter ficado doidão. Está na imaginação. E teve sua primeira dor no saco, pra nunca mais ter outra. Assim prometeu pra si mesmo. Na próxima farra já sabe o que comprar. Camisinha, Engov e Dorflex.